Viagem Educacional 6 "Agite-se antes de beber"


Trata-se de um vídeo desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) com o objetivo de trazer a reflexão do que as nossas crianças estão realmente bebendo. O vídeo busca nos sensibilizar para ficarmos atentos quanto às bebidas de fruta que as famílias estão consumindo, pois estão com frutas de menos e açúcar de mais. Além da dificuldade de conseguirmos compreender as informações nos rótulos.



Minha reflexão
O estudo trazido pelo vídeo buscou nos sensibilizar sobre a qualidade dos sucos de caixinha de diferentes marcas, pois achamos que estamos oferecendo algo mais saudável e prático para o lanchinho diários de nossos filhos, o que muitas vezes pode não corresponder à verdade. O resultado foi que 32% dos produtos analisados, ou seja, 10 produtos foram reprovados, não possuindo o teor de polpa ou suco de fruta mínimo exigidos por lei. A partir disto, o IDEC criou a ação “Agite-se antes de beber” trazendo-nos as seguintes conclusões:
- A indústria alimentícia se utiliza de uma quantidade exacerbada de açúcares, conservantes e aromatizantes para a produção de sucos.
- Nesse jogo, a população é o laço mais fraco, o que acaba por debilitar ainda mais a nossa saúde pública. É um problema silencioso que poderá ser manifestar apenas a longo prazo na saúde de nossos filhos, e para isso temos que nos manifestar.  
O que aprendemos com isso é que novos modelos precisam nortear os paradigmas da gestão em vigilância sanitária, e para que isso ocorra nós é que precisamos nos mover nesse sentido, buscando trazer uma ressignificação diária das nossas práticas. Um dos aspectos fundamentais que entendo neste sentido é que temos que empoderar a sociedade na construção crítica de seus direitos, e neste âmbito, atualmente, como gestor interino da Ouvidoria da Anvisa percebo essa necessidade do Órgão divulgar para a sociedade, em linguagem acessível, o cuidado e as ações necessárias para que a sociedade possa reivindicar produtos de melhor qualidade para as gerações vindouras. Atualmente, sou responsável pela coordenação na Ouvidoria da Anvisa de um importante trabalho que fazemos há mais de 8 anos que se chama “Revista Consumo e Saúde” que consiste justamente nesta lógica de empoderamento da sociedade sobre importantes temáticas que estão sob a regulação da Anvisa e que podem impactar na saúde da sociedade. Só neste último biênio fui responsável pela organização das seguintes temáticas:
- Os riscos na compra de medicamentos pela interntet;
- Os riscos na compra de desinfetantes clandestinos;
- Dieta detox: entenda os riscos e cuidados;
- Os cuidados na escolha e no uso de repelentes;
- Os perigos do clareamento dental caseiro;
- Rótulos terão de mostrar ingredientes alergênicos;
- Cosméticos infantis – quais são os cuidados e como escolher?

Entendo que uma sociedade cada vez mais empoderada, é uma sociedade mais blindada e imune a estas ações de mercado. É notório que o interesse maior do mercado reside em lucros sem precedentes, deixando em segundo plano a saúde da população, e temos que reagir a isso, pois os efeitos podem ser invisíveis no momento, mas poderão ser deletérios para as futuras gerações. Talvez, não consigamos mitigar tais efeitos, mas pelo menos temos que nos esforçar para minimizar ao máximo os possíveis danos. 




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